Antes de falar sobre nossos medos e inseguranças, vamos olhar a verdadeira razão dos professores e professoras do Darma acordarem, se levantarem da cama e não medirem esforços para ajudar. Desde a época do Buda Sakyamuni, o único propósito para nos levantar da almofada de meditação é se relacionar com os seres, compaixão.
Sentamos para meditar e percebermos a falta de liberdade, congelamos nossa mente em duas categorias: “gostar ou não gostar”, os seis reinos da roda da vida são o papel de presente desse processo. Para o caminho budista, a maneira mais lúcida possível está de acordo com a compaixão. A nossa dieta tem como refeição uma porção maior de compaixão no prato, seguido por meditação e a lucidez (Prajna).
A compreensão sobre a compaixão pode ser aprofundada, de acordo com a disposição mental de cada um. Nós começamos com um embrião sobre o que supostamente seria a compaixão e, na medida que avançamos, vamos complementar outros olhares como amor, alegria e equanimidade; E as seis perfeições: generosidade, moralidade, paciência, energia constante e sabedoria.
Nossos medos podem ser transformados pela compaixão
A mente tem nos levado a vários lugares, desde nosso nascimento. Aliás, ela quem nos trouxe até aqui. Nossos medos e inseguranças surgem das relações “em aberto” que portamos. Pois, é justamente por evitar olhar para elas, lutar contra, que paralisamos vez após vez nas situações do dia-a-dia.
Quando começamos a meditar, a medida em que a mente se acalma – e isso acontecerá – nós teremos mais nitidez, como acionar o pára-brisa em dia de chuva, para enxergar melhor a estrada. A regularidade na prática nos torna imunes ao ruído externo e, com o tempo, passamos a trabalhar com os ruídos e inquietações internas também.
Com a compaixão, sentimos o calor humano das relações. No samsara, nós nos tornamos zumbis. Com a compaixão pelos outros, compreendemos que a busca pela felicidade e harmonia, dentro dos seis reinos, causará mais dor e confusão. Comovente!
Oferecer a presença compassiva
Sentir nosso coração compassivo bater, é a nossa condição natural. Irradiamos e compartilhamos essa presença calorosa, vigorosa, amável, lúcida e assertiva, com aqueles ao nosso redor. Eles também podem manifestar o mesmo em seus corações.
A compaixão é uma aspiração sincera de aliviar o sofrimento dos seres e elucidar as suas causas. Nesse encontro veremos as quatro incomensuráveis, em especial, o aspecto da compaixão como um antídoto importante para autoimportância das identidades.
O foco implacável dos holofotes sob nós mesmos nos conduz ao sofrimento. Mas, segundo os ensinamentos, esse processo pode ser revertido. Basta estarmos disponíveis para isso.
Que nossos medos e inseguranças possam ser imediatamente aliviados pela compaixão!
REFERÊNCIAS
Ouça agora “Como transformar nossos medos e inseguranças com a compaixão?”
Seguimos em grupo
Se está com dificuldades em praticar sozinho(a), de filtrar o excesso de conteúdo e livros disponíveis, se deseja ir além das notas de rodapé e anotações em cadernos póstumos, somos um grupo de estudos e meditação online.
Girar a Roda do Darma é colocar os ensinamentos em prática, na vida. De maneira descomplicada, nos encontramos semanalmente para olharmos mais de perto para nossa mente e as formas de se relacionar a partir da compaixão.