Os temas do luto, a morte e o morrer no budismo são abordados e dissecados com bastante profundidade.
Podemos simplificar esses assuntos dentro do contexto da impermanência, mas é preciso ir além de meros conceitos.
A partir das técnicas propostas nestes 9 livros abaixo, você será capaz de trabalhar com a mente e o reconhecimento da morte passará a ser o ponto de mudança para viver com dignidade.
Em certo sentido, a morte – e o que acontece antes, durante e depois – é uma especialidade budista. Independente do livro escolhido como apoio, você será capaz de ajudar as pessoas que estão morrendo – inclusive você.
Abaixo, indico 9 dicas de livros sobre o tema do luto, da morte e o morrer no budismo. Eles seguem uma sequência arbitrária, apenas para exemplificar os livros.
Bons estudos e práticas. Que muitos possam se beneficiar!
1 – Presente no morrer: Cultivando compaixão e destemor na presença da morte
Presente no morrer é uma frase que prontamente descreve a condição humana. Nós podemos ser únicos entre as espécies, no sentido de sermos conscientes de nossa mortalidade. Apesar de a capacidade de contemplar a morte ser um traço humano essencial, a maioria das pessoas evita ativamente pensar sobre como sua vida pode terminar.
2 – Vida e Morte no Budismo Tibetano
A morte e o morrer são temas que evocam emoções tão profundas e perturbadoras que, geralmente, tentamos viver negando-os. Entretanto, podemos morrer amanhã, completamente despreparados e impotentes. O momento da morte é incerto, mas a verdade da morte não.
Essa é uma boa teoria até que estejamos morrendo: então experiência e teoria se diferenciam; tornamo-nos impotentes, e tudo que nos é familiar se perde. Somos esmagados por uma grande turbulência de medo, de desorientação e de confusão. Por essa razão, é essencial que nos preparemos bem, com antecedência, para o momento em que a mente e o corpo se separam.
3 – O livro tibetano do viver e do morrer (Pocket)
Obra-prima da espiritualidade do budismo tibetano – uma orientação para a vida e para a morte cujas raízes estão no coração da tradição do Tibete – traz práticas simples e poderosas para todas as pessoas, de qualquer religião ou cultura, usarem para transformar sua vida. Reúne a antiga sabedoria, e as modernas pesquisas ocidentais sobre o morrer, a morte e a natureza do universo.
4 – Sem morrer, sem temer: Sabedoria confortante para a vida
Esta obra escrita pelo poeta, mestre Zen e ativista da paz Tchich Nhat Hanh trata um dos assuntos mais debatidos em toda a história, tentando responder a uma única pergunta “O que é a morte?”.
Para o autor ‘nascimento e morte são apenas portas pelas quais passamos’. Na busca por respostas, o autor nos convida a uma jornada de auto conhecimento e auto avaliação.
5 – Os cinco convites
Professor de cuidados compassivos, Frank Ostaseski reuniu as mais importantes lições que aprendeu ao longo de 30 anos acompanhando pessoas em seu leito de morte.
Seus cinco convites são um chamado para colocarmos a vida em perspectiva e enxergarmos a sabedoria essencial que a morte tem a transmitir para todos nós.
6 – Viver é morrer
Não importa quem sejamos – pop star, enfermeiro, professor, corretor de imóveis, jardineiro, ateu, CEO, secretário, gari, agnóstico, crítico de cinema, budista, construtor – todos nós morreremos. Nós não temos escolha, não temos opção ou alternativa, não há escapatória. A morte é inevitável. Então, por que tão poucos de nós pensamos sobre a morte e, menos ainda, fazemos qualquer esforço para nos prepararmos para ela?
7 – Conselhos sobre a morte
Se para os ocidentais falar sobre a morte é quase um tabu, os budistas orientais tradicionalistas têm na morte um elemento de seu cotidiano. Em ‘Conselhos sobre a morte e como viver uma vida melhor’, Tenzin Gyatso, o Dalai Lama, líder espiritual dos budistas tibetanos, conclama o homem moderno a analisar a morte ‘não para sentir medo’, mas para ‘apreciar esta vida preciosa’.
8 – Morte, estado intermediário e renascimento no budismo tibetano
Para os praticantes do Tantra Ioga Mais Elevado do Budismo Tibetano, porém, a morte é um processo muito familiar, pois é considerado o momento auge de sua prática espiritual: quando os níveis mais profundos da mente se manifestam.
A motivação dos praticantes do Budismo Tântrico diante da morte é a de atingir este estado de liberdade para poder ajudar os outros a fazerem o mesmo.
Ao compreender os estágios da morte, podemos nos inspirar a lidar melhor com este momento único de nossa vida. Assim como de nos sentir mais preparados para acompanhar aqueles que enfrentam o processo de morrer. Este é um livro de estudo, para ser lido e relido muitas vezes.
9 – O Livro Tibetano dos Mortos: Experiências Pós-morte no Plano do Bardo, Segundo a Versão do Lama Kazi Dawa-Samdup
Esse texto aborda as perspectivas budistas tibetanas sobre a morte e a experiência da morte, os estados alucinatórios de transição (ou Bardo) entre vidas e o processo de renascimento. Agora, em edição totalmente revista, o livro traz um conjunto de instruções para os mortos, um guia dos fenômenos do reino do Bardo, esse estado de existência que continua por 49 dias após a morte até a próxima reencarnação.