É possível lidar com a tristeza, dor e angústia, além do mais do mesmo? Essa é uma pergunta difícil e complexa de ser respondida em poucas palavras. Na perspectiva budista, todas as nossas dificuldades surgem pelo esquecimento e não reconhecimento da nossa verdade face, quem realmente somos. Isso aparenta ser um jogo de palavras, mas segundo os grandes mestres da tradição budista, essa é alternativa real e possível. Será?
De modo geral, a atitude para lidarmos com os nossos problemas está vinculada ao reconhecimento da fixação e reificação de uma identidade vinculada a uma paisagem. Muito técnico, não é? Na verdade, não. Por falta de uma linguagem mundana para descrever a experiência em si, parece difícil, mas não é! Basta olharmos com compaixão, cuidado e paciência, passos de elefante, para conosco e os outros, que uma hora o “budistês” fará sentido. Na verdade, não haverá diferença entre o que está sendo descrito e o que se experiencia, internamente. É como tentar falar sobre açúcar para quem nunca experimentou. No
Um caminho de saída para tristeza e a dor
Pensando nisso, achei que essa tirinha abaixo – com tradução simultânea em português – pode nos ajudar a entender um pouco mais sobre o ensinamento central do Buda e do budismo, as quatro nobres verdades e o caminho para liberação do sofrimento.
Que possamos rir um pouco mais sobre a descrição que damos a nós mesmos, no sentido de observarmos que somos muito mais amplos sobre qualquer o que achamos que podemos ser… Alegria!
*Nota: Se por acaso estiver passando por algum momento difícil, não tente bancar o(a) esperto(a) ou sabe tudo, procure ajuda!
As quadro nobres verdades (em inglês)
As quatro nobres verdades do Buda
1) Algumas vezes, as pessoas ficam tristes;
2) Algumas vezes, as coisas que deixam as pessoas tristes é não ter algo que elas querem ou ter algo que elas não querem (não abrem mão!);
3) Há um caminho pra não ficar tão triste diante de ‘não ter algo que você quer’ ou ‘ter algo que você não quer’;
4) O caminho é não pensar tanto sobre ‘o que você quer’, mas ao invés disto, pensar sobre como você pode ser gentil e compassivo com a sua família, seus professores, seus amigos, outras pessoas, animais, insetos e tudo que é vivo”
**Capa de Paul Sprengers por Pixabay