Buda, Darma e Sanga não se separam. Então, “Buda” significa visão, é como eu estou explicando. Nós olhamos e vemos dessa forma mais elevada, esse é o Buda. O Darma é assim: olhando para as dificuldades dos seres, a partir da natureza livre do Buda, brota a compreensão de como os seres podem se libertar a partir daquele ponto. Isso é o Darma. A Sanga, o que é? A Sanga é o conjunto de pessoas que entendeu mais ou menos isso e tem um movimento convergente. Eles vão convergindo e vão se ajudando uns aos outros. Eles vão se lascando e vão se ajudando. Esse aspecto de se lascar um pouco, é interessante porque faz parte do caminho. Uma coisa é sermos batidos por pessoas que estão no samsara ou sermos batidos por pessoas que estão no samsara que depois se tornam inimigos. Aqui no budismo, a nós nos batemos, tentamos aproveitar a batida para aprender, então a não consideramos que a batida é um problema. Nós consideramos que a batida é um processo de aprendizagem.
(…)
Então o Buda representa essa lucidez. O Darma é o que brota dessa lucidez: o Buda olhando os vários mundos e aí brota essa compreensão. A Sanga é o conjunto dessas pessoas. O Buda, o Darma e a Sanga, estão encadeados. Eles estão juntos e não existe um sem o outro. Não teria Sanga se não tivesse o Darma, não teria Darma se não tivesse o Buda.
Por Lama Padma Samten em “O que fazer depois da meditação?”, setembro de 2015, CEBB Darmata.
Muito legal, não sabia disso.
Namaste