Como ficamos presos a desejo e apego?

Uma das noções básicas dos ensinamentos é que a descrição mais íntima sobre você não está limitada a uma identidade com suas histórias enganosas, confusas e neuróticas. 

Em geral, toda identidade vê a si e ao mundo, dentro de um universo particular, dentro de uma bolha de realidade. Dentro das bolhas, as identidades se movimentam a partir de padrões emocionais flutuantes, voláteis, perecíveis e que nos conduzem ao sofrimento.

Há também as energias de hábito — ações desconexas e respostas automatizadas — que se estabelecem rígida e solidamente, e que ao final, produzem sofrimento para nós ou para pessoas próximas. Uma maneira de observar as identidades, é a teimosia disfarçada de certeza, sobre como as coisas são ou deveriam ser: “eu sou, eu sei como é”

O núcleo do aprisionamento a desejo e apego

Existem 3 aspectos principais de uma identidade

Eles são retratados na iconografia budista como 3 animais

  1. Um javali (também representado por um porco); 
  2. Um galo (por vezes, simbolizado como um pombo);
  3. Uma cobra.

Os 3 animais representam o núcleo do desejo e do apego


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Como mostrado acima, cada animal persegue o rabo um do outro. E também representam um veneno mental. Os venenos mentais são a força motriz que mantém as energias de hábito e padrões tendenciosos em movimento.

São eles:

  1. O javali representa a ignorância, o autoengano; 
  2. O galo, a ganância, a avareza e a aquisitividade, 
  3. Já a cobra simboliza o ódio, o medo e a aversão. 

Cada um desses aspectos se conectam um ao outro e perpetuam o ciclo de sofrimento do samsara. São inteligências sutis que ativam os mecanismos de fixação do desejo e do apego.

Em seguida, temos o encandeamento em 12 etapas ou elos, de como a fixação ao desejo e apego e como o sofrimento surgem e cessam. Esse é a compreensão que surge ao estudarmos com cuidado a Roda da vida ou origem dependente.

A questão é ter olhos de sabedoria e compaixão para ver e atravessar as amarras do desejo e apego sem lutar ou rejeitar.

Como anda a sua agenda?

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Nas quintas, das 19h27 às 21h30, temos os estudos e práticas referentes aos 12 elos, a roda da vida, a origem dependente. Não pode participar ao vivo? Os encontros são gravados e ficam disponíveis para você acompanhar no seu ritmo e agenda.

De segunda a sexta, no turno da manhã, temos meditação silenciosa em dois horários. O primeiro é das 5h30 às 6h, e o outro em 8h as 9h.



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Autor
Coordenador
Praticante budista e instrutor de meditação. Desde 2011 dedica seu tempo à descoberta do coração desperto (bodicita), a partir dos ensinamentos de Buda e nas instruções práticas de Lama Padma Samten. Casado, pai de 2 filhos, é coordenador da Roda do Darma e tutor no CEBB.

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