Nós meditamos para irmos além das fronteiras impostas pelas bolhas. Nossa condição natural, segundo os mestres, é de clareza e bondade ilimitada. Nossa maior aflição é nos afastarmos dessa condição básica, fundamental de todos os seres. A nossa real necessidade é voltar a essa lucidez de modo estável e com serenidade. O resto se torna um ornamento disso.
A meditação é simples pois a própria mente se reconhece ali, sem fantasias ou decepções. É como se olhar no espelho e mesmo que você esteja com uma aparência diferente, no fundo, você sabe quem você realmente é. Nós não estamos trabalhando com alguma artificialidade, com alguma coisa nova.
O conforto na mente é um reflexo daquilo que estamos cultivando. Por exemplo, é difícil meditar se você está sentando em um sofá pois sua mente está acostumada a olhar aquele lugar como um local de lazer e descanso. É mais natural procurar um local mais confortável onde o próprio corpo irá se ajustar pois é uma inteligência familiar a ele mesmo. Ficou curioso(a)?
Se temos alguma meta ou objetivo nessa prática, digamos assim é o reconhecimento da nossa verdadeira natureza além dos pensamentos contraditórios, emoções flutuantes e ações nocivas. Nós precisamos recuperar o senso de paz interior, digamos assim. Essa sensibilidade, diz respeito a aprender a meditar.
As sessões de prática nos proporcionam um contato mais íntimo conosco. Existem lugares internos mais claros e outros mais obscuros. O ponto central é aprendermos a ver o que faz os olhos brilharem, normalmente chamamos isso de nosso interesse. Tente fazer o brilho no olhar surgir sem a necessidade de ter um resultado a isso.
Vamos começar!
Meditação guiada para aprender a meditar
Crédito da imagem: Luiz Bettoni.