Você já tentou meditar e percebeu uma um mente bastante inquieta, como se estivesse com um enxame de abelhas ao redor da sua cabeça? Cada zunido e agulhada pior que a outra! Além do mais, parece que quanto mais nos queixamos, mais aquilo ganha força. Essa é uma reclamação comum quando estamos começando na meditação. A seguir, temos uma dica preciosa de um grande mestre no assunto e cientista, o físico B. Alan Wallace.
Wallace afirma a possibilidade real de usar exatamente essa mente inquieta como ponto de partida de uma transformação interior muito mais ampla do que podemos imaginar no momento. Sabe como? Vamos descobrir e apreciar as palavras de sabedoria trazidas por esse grande professor do Darma:
Minha mente é inquieta mesmo?
Quando formos praticar, podemos fazer um pouco de cada coisa: shamata e prajna. Deveríamos praticar exatamente onde estamos, sempre tem alguma prática para fazer.
É como um pianista sempre há um repertório para tocar e talvez, podemos morrer antes de entrar em um retiro longo. Quando se atinge shamata, ela passar a ser um ajudante perfeito para as outras práticas. Dudjom Lingpa indica esse tipo de combinação de prática (shamata e prajna) para os seres que possuem muita ruminação mental.
Prajnaparamita não é um “retiro” pois você não está se retirando do mundo externo, e sim avançando. É como se quando fossemos praticar prajna, estamos praticando uma expedição.
A etimologia da palavra expedição significa: tirar o pé de onde estamos presos e a partir daí avançamos e retornamos as aflições mentais mas com um outro olhar.
Imagine que você tem uma árvore de ignorância e você deseja cortá-la. Você então precisa fincar o pé no chão. precisa de um machado afiado e precisa cortar no mesmo lugar. Do contrário, você apenas estará talhando a árvore e não chegará a lugar nenhum.
E aí? Faz sentido?
Seguimos no Darma e nos comentários abaixo.
Bons estudos, boas práticas.