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Que muitos possam se beneficiar!
- Onde tudo começou?
- Referência: o filme “pequeno Buda”;
- Quem é Sidarta Gautama?
- A felicidade, na perspectiva comum, é impossível.
- Quatro situações cruciais de alerta:
- Uma pessoa doente;
- Uma pessoa com idade muito avançada;
- Uma pessoa em um velório;
- Um asceta;
- Qual é a realidade por trás da motivação para sentar e meditar?
- A melhor motivação é percebermos que não temos meios-hábeis (como ajudar sem se queimar junto) e percebermos as relações internas.
- Quais são os lugares que guardamos internamente? Como bons anfitriões, gostaríamos de estar ali? Como eu posso oferecer essa cadeira para outro(a)(s)?
- Precisamos “cansar” do nosso senso de esperteza – a gente sempre acha que tem uma carta na manga sobre o que é a felicidade. É melhor começar a entender que ajudar é o começo da felicidade, significa significa aprender e aceitar a si mesmo além das bolhas;
- O aspecto intelectual não tem como direcionar as estruturas de carma;
- Exemplo: Um buffet, posso me retirar externamente, mas o aperto interno segue;
- Quando avançamos no caminho, vamos localizando o aspecto impessoal do que se apresenta. Descobrimos de forma íntima, a essência que toca a todos; Por exemplo, vamos trabalhar com o apego e não com o “meu” apego. Outro exemplo, nós numa relação, pensamos que estamos um do lado do outro, mas seria interessante olharmos se estamos ou não olhando para relação de forma utilitária, tipo um “vampirismo” ou se estamos realmente desejando a felicidade do outro.
- Meditação é um tipo de anestésico?
- Sidarta passou seis anos como um asceta, tentando, errando, ajustando.
- Uma jovem aparece com um prato de arroz com leite. Ele se dá conta de que não é se isolando do mundo ou reclamando de que está tudo errado que os problemas serão resolvidos.
- Sidarta não procurava a meditação para se sentir anestesiado, ele ansiava por uma lucidez mais profunda sobre a realidade das coisas.
- Ele viu que ao sentarmos encontramos com os seis reinos da roda da vida:
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- Reino dos deuses: paz superficial, sedução, manipulação. Deleite sensorial.
- Reino dos semideuses: competição, ranking, tudo é comparado.
- Reino humano: Organização da vida a partir de metas, propósitos, bens materiais e planejamentos.
- Reino animal: sensação de que qualquer coisa a ser feita dá muito trabalho. São muito pacíficos desde que ninguém perturbe o território deles. Não se permitem praticar.
- Reino dos fantasmas famintos: tudo é visto como algo a ser consumido, é como se sem aquilo fosse impossível viver.
- Reino dos infernos: tudo é visto como uma forma de agressão e procuramos vítimas e culpados pela nossa infelicidade.
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- Sidarta reconheceu que há uma essência livre em nós; somos pegos pelos nossos automatismos e responsividade e nos perdemos da liberdade natural: Prajnaparamita.
OS 3 TIPOS DE SOFRIMENTO
Nossa natureza original é aquilo que é familiar mas nem sempre é percebido.
Na perspectiva budista, o que chamamos de sofrimento é algo bem mais profundo:
- Sofrimento do sofrimento;
- Sofrimento da mudança;
- Sofrimento totalmente pervasivo.
Isso tem uma causa, avidya. Estamos sempre ocupados sustentando nossas auto imagens.
- Quando o sofrimento aparece, ele nos paralisa. Então, podemos olhar para os pontos que não estamos vendo pois estávamos muito ocupados.
- Pode cair a ficha para pessoa sofre porque ela começa a duvidar da base onde está estabelecendo a visão de mundo;
- A pessoa começa a perceber que tem carmas primários que começam a aflorar nas condições secundárias; ela também começa a perceber a fragilidade daquilo que descreve a si e aos outros nas situações. Temos boa vontade, mas carecemos de meios-hábeis;
- A motivação correta vem como um refinamento de nossa ação. Onde estamos direcionando a nossa energia? Quando entendemos isso, entendemos naturalmente como nos mover. Nós estamos o tempo inteiro aspirando coisas, então que a nossa motivação seja a mais elevada: trazer benefícios aos seres.
O treinamento da mente e o avanço na prática espiritual
- O ponto é vermos como reificamos ou liberamos as seis emoções. A liberação não vem a partir de mais uma divisória: eu aqui e o outro lá…
- Nunca sabemos muito bem o que nos aguarda. O tsunami vem e boom! O Titanic, a Covid-19… ou seja, a gente não consegue fingir a impermanência por muito tempo;
- Gostemos ou não, temos uma mente. A mente constrói a nossa realidade, ela se movimenta na nossa gravidade;
- Começamos a perceber os laços internos, os “nós”, que dão a sensação de prisão. Parece que somos aquilo. Imediatamente, surge uma estratégia de como e o que fazer para segurar e atar ainda mais os nós;
- Como que nos confundimos em meio a esses laços e apertamos a coisa ainda mais?
- Avidya é essencialmente a ansiedade de ter apego, a sensação de ter que estar sustentando alguma coisa. É como o bêbado e o equilibrista.
- Por exemplo, parece que é muito aflitivo não termos algo para sustentar e gerenciar. A sensação de vida e de morte vem da dependência, ansiedade de ter algo para controlar nas situações.
- O ponto não é a atividade, mas onde está a nossa mente ali. Existe lucidez?
O TREINAMENTO DA MENTE É COMO CAMINHO PARA O DESPERTAR
- Tudo o que fizermos nos intervalos respinga na meditação formal;
- Os intervalos e as práticas são complementares;
- Há um momento em que não há mais divisão entre os intervalos (vida cotidiana) e a prática formal de meditação.
Por fim, Lama Padma Samten provoca:
“Procure o que há de estável em você.”
Assista agora: o treinamento da mente como para o despertar
Autor
Coordenador
Praticante budista e instrutor de meditação. Desde 2011 dedica seu tempo à descoberta do coração desperto (bodicita), a partir dos ensinamentos de Buda e nas instruções práticas de Lama Padma Samten. Casado, pai de 2 filhos, é coordenador da Roda do Darma e tutor no CEBB.