Compaixão e empatia: qual a diferença?

compaixão e empatia
Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Você sabe diferenciar compaixão e empatia na prática diária?

Tendemos a confundir a compaixão como uma espécie de pena ou anulação da nossa ação e dos outros. E isso difere da atitude compassiva como algo real, prático e palpável, mesmo nas situações mais difíceis.

Trago 4 explicações preciosas sobre compaixão e empatia dos grandes mestres como: Lama B. Alan Wallace, Mattheu Ricard, Pema Chodron e Tupten Jingpa.

Seguem os trechos de ensinamentos:

Lama B. Alan Wallace

Quando você observa o sofrimento do outro, isso é empatia, não é compaixão. Mas, quando nos colocamos a partir dessa empatia, pode então surgir a possibilidade de liberação.

Primeiro, podemos aliviar o sofrimento, de fato. Em seguida, podemos imaginar algo dentro do possível para aliviar o sofrimento do outro.

Entretanto, precisamos lembrar que é possível eliminar as causas do sofrimento [2° nobre verdade]. Então, podemos aspirar que o outro se libere do sofrimento. É assim que nos livramos dessa visão [de, ao ver o outro sofrendo, afundarmos juntos].

Do contrário, sempre nos sentiremos impotentes. Não se perca nunca dessa visão, dessa possibilidade. Se ela é possível, ela pode virar realidade.

A liberação do sofrimento não é uma aposta, é um investimento [para a vida].
O nosso bem-estar mais elevado vem da sabedoria [Prajnaparamita].


Altruísmo, compaixão e empatia por Matthieu Ricard

A empatia tem dois aspectos: afetivo e cognitivo. A empatia afetiva é a capacidade de entrar em ressonância emocional com os sentimentos de outra pessoa e, assim, tomar consciência de sua situação. Se o outro está feliz, eu mesmo sinto uma certa felicidade. Se o outro está sofrendo, eu sofro o sofrimento do outro.

A empatia afetiva, portanto, nos alerta para a natureza e intensidade dos sentimentos de outras pessoas, especialmente seu sofrimento. A empatia cognitiva pode consistir em se colocar no lugar do outro: o que eu sentiria se estivesse sofrendo de fome ou sendo torturado na prisão? Ou então, pode significar imaginar o que a outra pessoa sente sem sentir a mesma coisa.

Por exemplo, posso estar sentado em um avião ao lado de alguém que está com medo de voar e posso ajudar essa pessoa imaginando sua angústia, embora eu não sinta o mesmo medo. Portanto, sem empatia, é difícil saber a situação de outra pessoa ou se preocupar com seu destino.


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Pema Chodron


“Compaixão não é uma relação entre o curador e o ferido. É uma relação entre iguais. Somente quando conhecemos bem nossa própria escuridão, podemos estar presentes com a escuridão dos outros.”

Pema Chodron
Pema Chodron


Compaixão e empatia como algo natural por Thupten Jinpa

A empatia é nossa capacidade natural de entender o sentimento do outro e partilhar sua experiência…. Empatia é sentir por (ou junto de) outra pessoa e entender seus sentimentos.

A compaixão surge a partir da empatia, acrescentando a ela a vontade de que o sofrimento acabe e o desejo de fazer algo a respeito 

Compaixão e empatia

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Autor
Coordenador
Praticante budista e instrutor de meditação. Desde 2011 dedica seu tempo à descoberta do coração desperto (bodicita), a partir dos ensinamentos de Buda e nas instruções práticas de Lama Padma Samten. Casado, pai de 2 filhos, é coordenador da Roda do Darma e tutor no CEBB.

2 comentários em “Compaixão e empatia: qual a diferença?

  1. CAROLINA Responder

    ” A empatia é nossa capacidade natural de entender o sentimento do outro e partilhar sua experiência…. Empatia é sentir por (ou junto de) outra pessoa e entender seus sentimentos. A compaixão surge a partir da empatia, acrescentando a ela a vontade de que o sofrimento acabe e o desejo de fazer algo a respeito ” Thupten Jinpa.

  2. Pingback: Podcast | Ep.12 Compaixão é a solução para a violência e o medo | Roda do Darma

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