Estamos carentes de higienização, não de mais parafernálias para deixar tudo limpo e perfeito do lado de fora, e sim, de higiene mental.
Um pouco de história
Até o início do séc. 19, os médicos saíam de suas salas de autópsia e faziam diretamente o trabalho de parto de uma criança sem realizarem nenhum tipo de higienização.
Então, diante do número de óbitos registrados entre os nascidos e suas mães, houve uma necessidade de conscientização a respeito da higienização dos profissionais de saúde.
No entanto, essa prática não foi aceita pelos profissionais da época, pois eles não compreendiam sua importância. Mesmo que estudos científicos apontassem isso (Ignaz Philip Semmelweis propôs estudos na época).
Os profissionais de saúde da época faziam pouco caso e olhavam com soberba para essa nova proposta.
O médico inglês Joseph Lister (1827 – 1912) foi que começou a utilizar a substância fenol para destruir as bactérias e manter as incisões cirúrgicas livres de contaminação.
Ele foi um dos pioneiros da medicina preventiva.
Só em 1975 que começaram a lançar manuais para ajudar os profissionais de saúde quanto à forma correta de higienização para controle e prevenção de doenças.
Antes de mais nada, exerça sua higiene mental
Temos muita pretensão de querer mudar o mundo. E pior, sem as práticas contemplativas, que são a higienização mental que tanto buscamos, isso é impossível.
Não é sobre deixar de fazer as coisas, mas sim ampliar a Visão diante das nossas prisões.
Quais são as nossas prisões? A ignorância sobre quem somos e a soberba de ampliar a visão, pois já estamos entupidos com nossas ideias e pressupostos.
Precisamos de reconexão. Para começar, podemos começar pelo óbvio: onde estão seus pés agora?
É uma questão de higiene mental antes de mais nada.
Do mesmo modo que uma questão tão óbvia e simples, como lavar as mãos antes uma cirurgia, demorou quase 65 anos para se vista como prioritária na medicina, comecemos pela conscientização sobre os processos mentais como fatores de transformação na vida cotidiana, na relações e na meditação como ferramenta de observação interior.
Quanto mais estivermos dispostos a sentar em roda e dialogar sobre a realidade junto à vida contemplativa, a mudança acontecerá. Ela será silenciosa, lenta e discreta como a natureza, como a troca das estações e a alternância do sol e a lua no céu. Não será com lutas ou movimentos neuróticos e autocentrados que faremos a higiene mental.
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