“Meditarei todos os dias!”
“Sempre me pego travado em problemas…”
“Vem cá que vou lhe explicar os preceitos de uma vida espiritual!”
O que essas afirmações têm em comum?
Podemos dizer todos os termos, saber todos os rituais, ter feito muitos cursos com o professor A ou B, retiros dos mais diversos formatos, ter um diploma homologado sobre alguma área holística ou quântica, mas não estamos interessados por uma vida honesta e sincera.
Queremos palco e aplausos: um teatro da identidade, mais um enredo dos 6 reinos, uma piada sem graça que insistimos em contar para nós mesmos e os outros.
A transformação indicada pelos seres de sabedoria se torna um mais fetiche intelectual de nossa parte. Lacunas de compreensão e parcialidades sobre a vida espiritual são derivadas de ingenuidade, ganância, confusão e engano mental, preguiça e falta de uma orientação sobre o tema.
Onde a vida espiritual acontece?
A nossa busca é olhar para dentro com honestidade. Não adianta sair por aí com uma boa retórica e uma “energia alto astral” sobre a espiritualidade. Isso não significa que você está transformando o seu coração e sim, o maquiando com mais uma separação entre o céu e a terra.
A vida espiritual acontece quando estamos abertos ao que acontece
É necessário dedicação. O aprendizado é se abrir ao que acontece. Sair por aí como cosplay espiritualmente erradicado é interessante, chama a atenção, mas não se sustenta por muito tempo já que é um movimento cármico propriamente dito (ver originação dependente).
Buscamos pela verdade das coisas como são. Olhamos para nossa curta vida humana em seu potencial: percebemos a nossa finitude, organizamos uma rotina de práticas de modo que o mau-hálito espiritual diminua e nossa ação corresponda a realidade.
A vida espiritual surge como uma consequência natural. Não diz respeito a ter cabelos brancos ou ser intelectual, ter excelência nos rituais, e assim por diante.
A dedicação aos estudos e as práticas diárias virão por necessidade, tal como ter fome ou sede. Ambas são sustentadas pela busca de uma verdade transcendente aos enganos da mente humana. Não tem nada a ver com um fetiche intelectual ou uma carência afetiva para fazer parte de um grupo.
Temos coragem para isso?
