A raiva é uma emoção que nos consome bastante. É desnecessário ser um perito no assunto para saber o quanto nos perdemos, sofremos, nos debatemos e agimos sem ver as consequências das nossas ações ali dentro. É como se fosse um tipo de agressão, bem sutil, que fazemos conosco. A boa notícia é que dentro da meditação silenciosa, nós podemos transformar esse processo em lucidez.
Antes de seguir em como lidar com raiva, dentro da meditação, lembramos sobre o que acontece quando nem conseguimos entender que a raiva está ali ou irá acontecer, antes dela “explodir”.
Por vezes, somo tomados por essa aflição sem aviso prévio. Se anda estamos engatinhando na meditação, nesses casos, o que podemos fazer é:
O Buda descreve o Nobre Caminho de Oito Passos. Entre as ações que a gente deveria evitar, estão as ações a partir da raiva. Mas isso aparece como um voto, se a gente precisa de um voto, é porque aquilo não é natural nela, é como se fosse uma regra de trânsito: é melhor esperar o sinal, não atravesse o sinal, pois pode ser problema. Eu acho melhor não atravessar o sinal, ainda assim isso é uma artificialidade.
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Como lidar com a raiva dentro da meditação?
Dentro do repouso e movimento da meditação, temos sempre o recurso de lucidez disponível. Nas palavras do Lama Alan Wallace, o que podemos fazer é:
Quanto mais você fica com raiva de algo, mais você fica fisgado.
Quando você estiver alimentando a raiva, tente tirar a atenção da história que sustenta ela e tente observar a qualidade de energia daquilo.
Então, direcione novamente a atenção para a bem-aventurança que naturalmente surge. Então, inverta a consciência da quietude.
Lama Alan Wallace
E você? Consegue experimentar essa autonomia da meditação e perceber liberdade frente à raiva?
Seguimos girando a roda do Darma.
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