Como estamos muito ocupados e aflitos ocupando nosso tempo com estratégias sobre como obter e controlar coisas, esquecemos que elas serão abandonadas em algum momento. Agora, pode ser que haja uma abertura sincera para os ensinamentos, o Darma, e surge uma humildade, uma conexão positiva com o Buda, o Darma e a Sanga. Então, passamos a olhar todas as relações, em todas as direções com olho do Darma.
No aspecto mais sutil das coisas, nós somos como equilibristas de energia. Elegemos um referencial a partir da paisagem e em seguida, fazemos esforços a partir de gostar e não gostar, não conseguimos colher um resultado propriamente satisfatório. O melhor que podemos fazer é termos a motivação mais elevada possível. A motivação irá flutuar… e nos vamos revisitar esse ponto várias vezes. Nossa motivação irá oscilar e se ela for algo mediano, é natural que surjam obstáculos.
Se não tivermos as práticas de fundação, a motivação ficará paralela com as motivações do samsara: “Eu vou meditar porque… porque… porque.” Então, o próprio obstáculo é o início do caminho. Todos os “demônios” são os mestres. Já que não temos outra alternativa, começamos onde estamos.
A motivação não é algo automatizado, é uma direção. Devemos lembrar que o ponto principal da prática é reduzir os venenos da mente e aumentar as qualidades positivas da mente e não termos experiências visionárias, místicas.