Como parar de perder tempo no caminho?

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Quando entendemos que temos uma vida humana preciosa, quando nossa compreensão da impermanência amadurece e quando realmente percebemos que temos estruturas internas que falam por nós e que isso causa estragos para nós e para os outros. Queremos ultrapassar isso, o mais rápido possível! Começamos a entender que aquilo que brilha aos nossos olhos nem sempre é favorável. Então, pode ser que surja em nós uma aspiração de querer seguir um caminho seguro para além disso. 

Como estamos muito ocupados e aflitos ocupando nosso tempo com estratégias sobre como obter e controlar coisas, esquecemos que elas serão abandonadas em algum momento. Agora, pode ser que haja uma abertura sincera para os ensinamentos, o Darma, e surge uma humildade, uma conexão positiva com o Buda, o Darma e a Sanga. Então, passamos a olhar todas as relações, em todas as direções com olho do Darma. 

No aspecto mais sutil das coisas, nós somos como equilibristas de energia. Elegemos um referencial a partir da paisagem e em seguida, fazemos esforços a partir de gostar e não gostar, não conseguimos colher um resultado propriamente satisfatório. O melhor que podemos fazer é termos a motivação mais elevada possível. A motivação irá flutuar… e nos vamos revisitar esse ponto várias vezes. Nossa motivação irá oscilar e se ela for algo mediano, é natural que surjam obstáculos. 

Se não tivermos as práticas de fundação, a motivação ficará paralela com as motivações do samsara: “Eu vou meditar porque… porque… porque.” Então, o próprio obstáculo é o início do caminho. Todos os “demônios” são os mestres. Já que não temos outra alternativa, começamos onde estamos. 

A motivação não é algo automatizado, é uma direção. Devemos lembrar que o ponto principal da prática é reduzir os venenos da mente e aumentar as qualidades positivas da mente e não termos experiências visionárias, místicas.  

Imagem de annca por Pixabay

Autor
Coordenador
Praticante budista e instrutor de meditação. Desde 2011 dedica seu tempo à descoberta do coração desperto (bodicita), a partir dos ensinamentos de Buda e nas instruções práticas de Lama Padma Samten. Casado, pai de 2 filhos, é coordenador da Roda do Darma e tutor no CEBB.

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