Felicidade na vida: 4 perguntas que abrem o coração

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Tempo estimado de leitura: 4 minutos

Antes de conversarmos em felicidade na vida, vamos começar com uma analogia simples:

  • Corpo saudável está para o bem estar físico 
  • Assim como uma mente saudável está para felicidade. 

A grande questão é que em muitas ocasiões, o sofrimento mental não tem uma razão específica de ser e isso está descrito pelo desequilíbrio do lung

  • Quais são os sintomas de uma mente desequilibrada?
  • Algumas coisas no mundo estão sujeitas ao nosso controle pessoal. Outras, como: família, amigos, colegas de trabalho e estranhos, se comportam como querem, de acordo com suas ideias e princípios 
  • Outros exemplos: economia, relações internacionais, o clima, o ambiente natural
  • Qual a direção certa pra felicidade?
    • Orientar a felicidade a partir de habilidades de modo a influenciar, manipular e controlar outras pessoas e o que acontece no mundo é ser um investidor fracassado
    • Uma pergunta crucial sobre o tema da felicidade na vida é: quais são as nossas liberdades diante das amarras de desejo e apego?
  • Olhar de modo honesto e honestamente: qual é o nosso interesse verdadeiro pela felicidade e suas causas?

3 fatores para serem revisados se quisermos felicidade na vida

  1. Audição interna – como eu me vejo? O que tem andado bem? O que pode ser melhorado?
  2. Ocupar-se em estar ausente – como estão as nossas fantasias sobre o futuro, o passado e desejos não correspondidos? 
  3. Compreender que certos desejos e apegos são prejudiciais para nós e os outros. Quando aflitos, praticamos certas ações não virtuosas em corpo, fala e mente para nós e os outros. 

Nós não existimos de modo independente dos outros. Logo, nossa alegria e bem-estar não tem como surgir de modo separado das outras pessoas.  Todo florescer individual culmina no bem-estar dos outros ao redor. É inevitável isso. 

Shantideva, um grande mestre indiano contemplativo comenta: 

“Aqueles que buscam escapar do sofrimento se precipitam em direção à sua própria miséria. E, desejando tanto a felicidade com a desilusão destroem seu próprio bem-estar como se fossem seus próprios inimigos”

Qual é o nosso trabalho diário?

Lidar com o desejo e o apego. 

A realidade põe o dedo naquilo que estamos defendendo por desejo e apego. A realidade real quebra o encanto (spell) das nossas fantasias. Colhemos então desilusões. 

Estar preso ao samsara é isso, é ficar viciado em desejo e apego, em euforia e tédio;

Nós agora vemos qualidades negativas naquela pessoa ou objeto que um dia já foi alvo de nosso afeto e desejo ardente. Isso é o que chamo aqui de vício ao samsara, ter nostalgia ao samsara como diz Chogyam Trungpa. 

REALIDADE REAL x BEM-VIVER x DO VIVER BEM 

  • Enfim, precisamos ser honestamente honestos e nos perguntar:
    • Quais são as nossas prioridades?
    • Realidade do bem-viver:
      • Boa vida, riqueza, orgulho, reputação, prazeres transitórios… 
      • Recentemente, li o Bruno Perini, um dos caras mais ricos do Brasil, dizendo que se ele não tivesse algum nível de felicidade junto a sua esposa, antes de ser rico, provavelmente, não seria feliz agora que detém um patrimônio que causa inveja a muitos. 

  • Que tipo de felicidade você colhe com a realidade do bem-viver? Psicólogos chamam isso de a “roleta hedônica”

  • O primeiro passo para parar essa roleta é… 
  • Entender que temos recursos internos além de desejo e apego 
  • Cultivo de bondade, amor, alegria e assim por diante. A alegria é um recurso natural, interessante não acha?
  • Começamos primeiro conosco, depois ampliamos nosso horizonte com as pessoas ao nosso redor


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4 PERGUNTAS QUE ABREM O CORAÇÃO 

  1. Permita-se relaxar um pouco das tensões, urgências e resoluções aparentes. Relaxe.
  2. Sente-se em uma posição confortável pode ser na postura de 7 pontos ou em uma cadeira mesmo 
  3. Observe atentamente a sua respiração.

Agora, traga a sua atenção vez após vez a respiração e se pergunte:

  1. O que você gostaria de receber deste mundo para poder ter uma vida feliz, significativa e cheia de realizações? Por exemplo:
    1. Casa
    2. Comida
    3. Cuidados médicos 
    4. Harmonia 
    5. Orientação na meditação e no caminho 
  2. O que as pessoas ao seu redor poderiam oferecer a você, a te encontrar a felicidade que você tanto busca?
  3. Que tipo de pessoa você gostaria de se tornar e quais qualidades positivas você deseja cultivar?
  4. O que você gostaria de oferecer ao mundo, àqueles ao seu redor e ao ambiente onde você vive?

A felicidade na vida não vem de algo construído e sim como um recurso natural, vem pela compreensão de como a vida real funciona

  • Assim como você busca a felicidade na vida, as pessoas ao seu redor também o fazem. Todos os seres se movem em busca de felicidade e desejam evitar o sofrimento
  • Nenhuma pessoa vive em isolamento por muito tempo [ver into the wild, na natureza selvagem]
  • Todas as nossas ações e intenções estão conectadas, mas isso não tem nada a ver com Wishful Thking, Nova Era, Mindset, etc. É um bom-senso mesmo, é entender a realidade real 
  • Na medida em que vamos aprofundando a bondade, a compaixão e o amor, nos lembramos da interdependência ou 5 dimensões nas relações 
    • eu -> família -> comunidades / grupos (envolve trabalho, etc) -> Sociedade  -> Natureza 

  • Ao continuar essa prática por uma felicidade genuína, essa bondade amorosa, amplie o olhar compassivo para as pessoas do seu círculo social 
  • Todos os seres buscam a felicidade e desejam evitar o sofrimento mas acabam por colher insatisfação e negatividade devido a incompreensão de quem são e como a mente se engana diante da realidade real 

Shantideva em o caminho do bodisatva diz: 

“Toda a alegria que o mundo contém vem de querer felicidade para os outros. Todo o sofrimento que o mundo contém vem de querer felicidade para si mesmo!

Para saber mais:

Assista agora! Felicidade na vida: 4 perguntas que abrem o coração



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Autor
Coordenador
Praticante budista e instrutor de meditação. Desde 2011 dedica seu tempo à descoberta do coração desperto (bodicita), a partir dos ensinamentos de Buda e nas instruções práticas de Lama Padma Samten. Casado, pai de 2 filhos, é coordenador da Roda do Darma e tutor no CEBB.

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