O que há de comum entre um príncipe, um asceta, um rei e um sábio? Seria mais uma chamada para um enredo épico, desses de vilão e herói? “O sábio silencioso da tribo dos Sakyas” Esse é o significado do nome Shakyamuni, o Buda histórico, o liberto.
Mais de dois mil e seiscentos anos nos separam desde que o príncipe Sidarta Gautama (nome de RG do Buda) renunciou sua vida de regalias e facilidades de um futuro promissor como herdeiro do trono de seu pai, o rei Sudodana.
Nascido na Índia, Gautama era um jovem inquieto e rebelde para seu tempo. Apesar de ser predestinado a sucessor de seu pai, ele era, antes de tudo, um ser humano com dúvidas e perguntas sobre a vida, assim como nós.
A busca pela verdade além da dúvida e do cinismo
Suas incertezas sobre como destinado a viver e o contato com o sofrimento dos seres, o despertou do sono diante da realidade ao seu redor. Houve uma mudança drástica em seu rumo. Sua busca era achar respostas céticas e experienciais sobre a possibilidade de saída do sofrimento e suas causas.
Um longo período de práticas meditativas e de um caminho contemplativo (olhar para dentro) se iniciaram a partir daí.
A meditação já era uma técnica inerente a cultura indiana onde Gautama nasceu e cresceu. Ele teve contato com vários mestres na ciência meditativa e nenhum deles conseguia responder suas ânsias internas.
Então, após passar seis anos rigorosos em absorção meditativa, se deu conta de que ele estava fugindo do mundo, e isso não resolvia seus problemas.
Ao se encontrar com sua verdadeira natureza e de todos os seres, ele descobriu o silêncio ativo da mente e repousou numa sabedoria viva e compassiva. Essa descoberta mudou o rumo da história sobre nossa compreensão do mundo interno até os dias de hoje.
Ele descobriu a sabedoria além dos extremos da existência – otimismo e péssimismo – em resumo, e entendeu como todas as coisas surgem e se conectam a partir da interdependência.
Após atingir a iluminação, despertar, ele se levantou de sua meditação e girou a Roda do Darma para benefício dos seres adormecidos no véu da ignorância (avidya).
Qual a importância de entender a vida do Buda em dias atuais?
Quais foram as suas dificuldades e fraquezas durante sua viagem interna? Quais são suas contribuições para nossas vidas em tempos atuais?
De acordo com Padma Samten, em Meditando a vida, a principal função do Buda é:
A função do Buda é esta: ajudar as pessoas a percorrer o caminho até a liberação do sofrimento de duka. O Buda completou o trajeto. Depois, durante 46 anos, ele deu o ensinamento de como cruzar efetivamente para a outra margem.
Confira no vídeo abaixo a história da vida do Buda histórico e das origens do budismo, por Lama Padma Samten:
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