Três joias – O Buda, o Darma e a Sanga

Três joias
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Nós meditamos para encontrar refúgio. Há uma ação da mente disponível, mas pouco comentada, e ela está ao nosso alcance. Ela está livre, além das amarras de samsara (a forma confusa e dolorosa de nos relacionarmos com a vida). Basta parar e olhar, reconhecer.

O Refúgio é reconhecido como nosso estado de ser inabalável. Ele não pode ser tocado pela impermanência, tão pouco pelas artificialidades das identidades. Nós utilizaremos os meios-hábeis, no caminho, são os métodos efetivos para internalizar os ensinamentos, e avançar em direção a esse porto-seguro. 

O tema das três jóias – o Buda, o Darma e a Sanga, será visto em termos dos aspectos externo, interno e secreto. Por termos uma multiplicidade de ensinamentos, todos impecavelmente discriminados, podem surgir dúvidas sobre nossa inteligência búdica.

Como começar a praticar? Como fortalecer a visão em meio às oscilações do dia-a-dia? É possível estabilizar as qualidades positivas que surgem na prática de meditação

Três jóias e suas abordagens

No budismo, nós temos três abordagens básicas sobre o refúgio – o hinayana, o mahayana e o vajrayana. Eles são exemplificados como veículos seguros, atestados pela linhagem dos grandes mestres. E, nos levam da margem da confusão para margem da lucidez.

Então, de acordo com a inclinação e mentalidade dos seres, temos uma abordagem de apoio, como uma tratamento para superação de obstáculos e o desenvolvimento contínuo da sabedoria intrínseca. 

Por exemplo, se tomarmos a raiva, como ponto de imersão, cada abordagem citada anteriormente, sobre as três jóias, usará uma maneira apropriada para lidar essa emoção. Interessante, não é?

É como mostrar o fogo para alguém sem habilidade com malabarismo e um artista com familiaridade com pirotecnia. O fogo é o mesmo, mas a maneira de se relacionar pode ser mais ou menos hábil. 

Nesse episódio, veremos como que essas diferentes abordagens convergem como no desembocar da sabedoria e compaixão inatas, conosco e com os seres. Quando falamos em três jóias, podemos adotar uma postura ingênua, como alguém aspirando por um responsável pelo próprio sofrimento ou termos uma atitude madura: tomamos as dificuldades como trampolim para o salto no caminho do Darma. 

Referências usadas no encontro sobre as três joias

Ouça agora o podcast “Três joias – O Buda, o Darma e a Sanga”



Seguimos em grupo

Se está com dificuldades em praticar sozinho(a), de filtrar o excesso de conteúdo e livros disponíveis, se deseja ir além das notas de rodapé e anotações em cadernos póstumos, somos um grupo de estudos e meditação online.

Girar a Roda do Darma é colocar os ensinamentos em prática, na vida. De maneira descomplicada, nos encontramos semanalmente para olharmos mais de perto para nossa mente e as formas de se relacionar a partir da compaixão.

Saiba como participar →

Imagem de Benjamin Balazs por Pixabay 

Autor
Coordenador
Praticante budista e instrutor de meditação. Desde 2011 dedica seu tempo à descoberta do coração desperto (bodicita), a partir dos ensinamentos de Buda e nas instruções práticas de Lama Padma Samten. Casado, pai de 2 filhos, é coordenador da Roda do Darma e tutor no CEBB.

2 comentários em “Três joias – O Buda, o Darma e a Sanga

  1. Pingback: Como tomar refúgio mesmo que você retorne ao samsara | Roda do Darma

  2. Pingback: Qual a importância de um professor do Darma? | Roda do Darma

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *