#20 | Como tomar refúgio mesmo que você retorne ao samsara

Como tomar refúgio mesmo que você retorne ao samsara
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

A maneira como nós nos debruçamos no caminho, diz respeito ao despertar para o refúgio. Quando falamos em “tomar refúgio”, é um compromisso básico, com todos os seres.

É como acordar e escovar os dentes: aparentemente, escovamos os dentes apenas pela nossa saúde, mas, em um nível mais refinado, estamos falando de conexão com os outros.  A nossa busca pela essência mais profunda da natureza das coisas, a compaixão.

Como podemos ter certeza se o refúgio está sendo internalizado? Um dos sintomas é a sensação de cansaço do samsara, diante da impermanência e da possibilidade real de oferecer (como bodicita), qual a real utilidade em ser o jogado número um? Percebemos a importância das três jóias.

Elas ajudam como uma âncora, como uma rota para discernirmos qual a direção seguir na encruzilhada do samsara.

Como tomar refúgio mesmo que você retorne ao samsara?

Uma pergunta crucial é como tomar refúgio mesmo que você retorne ao samsara? O carma, quando ele surge, não pode ser registrado em um boletim de ocorrência, digamos assim. Esse compromisso, em tomar refúgio, abre espaço, é um poderoso antídoto para os venenos da mente, o samsara.

Tomar refúgio, é confiar no que somos. Depositar todas as fichas em expectativa e do medo, é sinônimo de fracasso. Para seguirmos com firmeza, confiantes no caminho, precisamos reverter o processo de contaminação mental, eliminar as nossas tendências habituais obscurecidas pelo carma.

Tomamos refúgio para despertar para vez após vez, internalizar o acesso, a conexão, com nossa sabedoria intrínseca.

Então, toda etapa de clarificação e obscurecimentos mentais, diz respeito a iluminar o fio de Ariadne, digamos assim, entre nossa confusão e o reconhecimento da sabedoria primordial em todas as direções. Tomar refúgio é isso. 

Segundo os ensinamentos, esse frescor no olhar, de se reconhecer a partir de Prajna (sabedoria), é o descortinar interno para revelar o que surgir tanto dentro quanto fora, como caminho de transformação. Sem hesitarmos.

Ainda no podcast, iremos listar o que é chamado de os quatro obscurecimentos: (1) os venenos da mente, (2) O obscurecimento intelectual, (3) o carma e o (4) O hábito. Uma vez reconhecidos, então podemos trabalhar de fato com eles. 

Referências 

Ouça agora o podcast “Como tomar refúgio mesmo que você retorne ao samsara”



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Praticante budista e instrutor de meditação. Desde 2011 dedica seu tempo à descoberta do coração desperto (bodicita), a partir dos ensinamentos de Buda e nas instruções práticas de Lama Padma Samten. Casado, pai de 2 filhos, é coordenador da Roda do Darma e tutor no CEBB.

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