A paciência na perspectiva budista nos ajuda a perdoar a nós mesmos e aos outros nas diversas situações. Com a motivação de ajudar verdadeiramente, além dos interesses autocentrados, a partir do quinto passo, do nobre caminho óctuplo, nós temos essa nuance que é como andar no cotidiano mantendo a visão de compaixão, sabedoria e as ações transcendentes em corpo, fala e mente?
As seis perfeições (paramitas)
- Generosidade
- Moralidade
- Paciência (atual)
Sugestão para aproveitar os estudos:
- Leia o trecho “Darma da vez” escutando a gravação do estudo em no podcast ;
- Enriqueça a sua compreensão: Procure exemplos em sua vida com pessoas próximas, nos noticiários, nas diversas conversas entre amigos, no trabalho, etc.
- Antes de seguir para o próximo estudo, anote os exemplos ou as eventuais dúvidas e se preferir, compartilhe com o grupo de apoio aquilo que achar apropriado, dentro do escopo do tema.
Darma da vez
Paciência e perdão – sem tempo para culpados
Depois da moralidade naturalmente vem a paz ou paciência, em sânscrito Kshanti. Se estamos praticando todas essas qualidades que vimos até agora, a paz se torna completamente natural, não temos nenhuma dívida para trás. Eventualmente se tivermos alguma dívida, dizemos “eu agi numa paisagem equivocada”, e aí refazemos os votos e está resolvido. Se vier alguém e quiser cobrar alguma coisa, será verdadeiro, lúcido, porque realmente fizemos algo equivocada, “é justo que você esteja irritado, esteja mal e queira brigar, me agredir”, entendemos isso. Mas por outro lado não sentimos culpa, não há a internalização de uma culpa, entendemos a situação dentro de uma perspectiva muito mais ampla.
Se o outro quiser nos matar, por exemplo, entendemos que ele vai agir preso a uma paisagem, da mesma forma como agimos, e estávamos equivocados. Entendemos que o outro está preso à mesma paisagem onde agimos, e por isso, entendemos que ele, naquela paisagem, está lúcido, ou seja, agimos mal e o outro quer nos agredir. Mas antes de morrermos ou sermos agredidos podemos dizer “Antes de você me matar saiba que você está perdoado, isso é assim mesmo, isso é normal, é completamente lúcido, um dia você vai se dar conta de que também agiu errado, e então saiba que você foi perdoado”. E pronto, quitamos o carma, e ainda ajudamos o outro a não carregaraquilo.
Podcast
A seguir, aperte o play e acompanhe o estudo em áudio:
**Imagem de Willi Heidelbach por Pixabay
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